Toda a mãe é culpada mesmo sem ter culpa

Nem sempre é fácil o relacionamento entre as mães e os filhos. Em processos de hipnoterapia, não raras vezes, vimos filhos completamente desconectados de suas mães. Razão disso, desfilam um rosário de exigências e acumulam frustrações por tudo o que a mãe não deu, não entregou ou não fez, na visão dos filhos.

Vamos aproveitar, então, o dia das mães e trazer esse tema à reflexão.

Quando faço atendimentos e surgem essas questões, costumo dizer que toda a mãe é culpada mesmo sem ter culpa. Isso mesmo. Parece estranho, mas é uma grande verdade. Se você perguntar a sua mãe se ela deu a você tudo que foi possível, tenho certeza, ela dirá que sim. Dirá que fez tudo que pode por você. Se você for mãe, já entendeu tudo o que digo.

Sim, é culpa da mãe não se importar com sua dor, colocar sua vida em risco para cuidar, amar e nutrir os filhos. E quando essa mãe, por amor, abre mão de cuidar de seu filho permitindo que ele tenha um destino melhor? Só um coração de mãe para caber tanto amor e não há nada nesse mundo que meça esse amor tão louco, tão profundo, tão grande. Para uma mãe não importa idade, condições ou saúde, a um simples chamado, lá está ela pronta. O filho nem sempre lembra da mãe, mas a mãe nunca esquece um filho. 

Uma mãe deve ter recebido uma porção mais de amor por parte de Deus. Ela faz coisas incríveis, cocria a vida, mesmo que tenha de perder a sua vida. Nem sempre as coisas são do jeito que os filhos querem, mas sempre são do jeito que a mãe sabe fazer. Já vi pessoas no limiar da morte, quase centenários, implorar por um instante no colo da mãe. Mesmo no pior registro que você traga de sua mãe, ali está um registro de profundo amor.

          Convido você a um exercício… coloque-se de olhos fechados, em um ambiente calmo e tranquilo. Sente-se confortavelmente, coloque suas mãos sobre suas coxas e respire…. Ao respirar encha seus pulmões de vida… essa vida que graças ao SIM de sua mamãe foi possível… e exale gratidão. Sim gratidão a sua vida, a sua história, a sua jornada….

 Faça este movimento por três vezes e imagine você o menor tamanho que possa se sentir, apenas a criança de sua mamãe… e imagine sua mamãe a sua frente… sim esta mulher que colocou-se em risco pela sua vida…. essa mulher nutriu você com seu próprio sangue… essa mulher que deu a você sua primeira casa…..essa simples mulher que quis mais .. quis ser sua mamãe…

 Deixe que este amor, profundo e intenso toque você…. seu corpo,….suas células .. todo teu ser. E não importa se você tem sua mãe com você ou não… apenas se permita a este amor que cura, …que restaura, que transmuta toda dor….

E fique neste lugar de amor tanto quanto precisar….

E se ficar difícil de olhar para ela deste tamanho tão grande assim…. Simplesmente permita ver sua mamãe como criança… na mesma idade que está você … sim ela também já foi criança… uma linda criança…. Deixe o amor fluir agora……

E no seu tempo, diga a ela – eu vejo você, sinto seu amor, tomo seu amor…. E veja que acontece em todo o seu ser.

E se te for possível diga…. sinto muito não ter tomado seu amor na totalidade do que me deu….Eu sinto muito! Agora eu tomo e sigo! Obrigada! Obrigada!

Feito, coloque-se em reflexão e volte a seu estado normal no tempo que julgar necessário.

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