Com o advento de novas terapias alternativas, para as quais muitas pessoas estão se voltando, na busca de ajuda à solução conflitos surge a dúvida de quando devo buscar a Constelação Familiar ou a Hipnose?
Antes de uma resposta a essa questão, vamos entender um pouco o que é hipnose e o que é constelação familiar.
Constelação familiar se utiliza de um método criado pelo alemão Berth Hellinger, que diz que por meio de um campo familiar temos acesso a uma energia que reúne todas as ações de nossa família e foca em trabalhar as energias e emoções que nos influenciam. Esse método visa esclarecer questões relacionadas a nossa vida pessoal e profissional e essas questões resultam de como nossa família age.
Esse processo, normalmente, é conduzido em grupo ou de forma individual. Seja qual for a forma, as constelações seguem algumas etapas. As sessões são conduzidas pelo constelador. Alguns terapeutas consideram a constelação em grupo mais eficaz para não incorrer no risco de que o paciente seja afastado de suas emoções.
Durante a sessão, o terapeuta ouve os integrantes da famílias representados para identificar o problema até encontrar uma solução. Quando a solução não é encontrada a sessão é encerrada com recomendações sobre como lidar com problemática.
Essa dinâmica se baseia em três leis naturais, que Hellinger denominou de “As Ordens do Amor”, quais sejam: leis do pertencimento, lei da hierarquia e lei do equilíbrio.
Pela Lei do Pertencimento todos os seres têm a necessidade de pertencer a algum lugar. Ao nascermos o primeiro lugar que somos inseridos é o sistema familiar. Quando temos comportamentos fora do padrão do sistema familiar e outros membros desse grupo suprimem esse fato afastando aquele que cometeu o erro do convívio familiar, temos a exclusão. Quando isso acontece há o processo de dor do excluído, trazendo dor não só para ele =, mas também para toda a próxima geração. Tudo isso se dá de forma inconsciente.
A Lei da Hierarquia diz que cada um ocupa uma posição que deve ser respeitada e reconhecida, ou seja devemos respeitar os familiares que vieram antes. Quando ocorre o algum membro tomando o lugar do outro, invertendo os papéis, como por exemplo, algum filho toma o papel dos pais, ocorre o desequilíbrio, gerando comportamentos infantis e mais ansiosos.
Por sua vez a Lei do Equilíbrio diz que e fundamental que haja um equilíbrio entre o dar e o receber, isso quer dizer que é necessário que todos os membros doem e recebam afeto de forma igualitária. O desequilíbrio ocorre quando um dá demais que o outro. O resultado disso pode ser uma traição, já que o parceiro mais dedicado sempre sentirá que está faltando reciprocidade em seu relacionamento.
A hipnose, por sua vez, já não é mais feita com um pêndulo, embora possa se utilizar dessa ferramenta, mas por comandos de voz. A técnica oriunda da hipnose se chama hipnoterapia. Essa técnica deve ser aplicada por profissionais especializados.
A hipnose atua como terapia com regressão à causa e é recorrente para o tratamento da depressão, fobias, vícios, obesidade e outros.
Então, enquanto a constelação familiar tem o foco em analisar o problema a partir da perspectiva familiar, a hipnose tem como base a mente do paciente.
Técnicas de hipnose podem ser usadas durante o processo de constelação familiar. Ambas técnicas nos fazem entender que muitos dos nossos problemas não são tão simples, e sim que suas raízes são bem mais profundas.
A hipnoterapia usa a nomenclatura de crenças limitantes, ou seja, tudo aquilo que aprendemos ao longo de nossa vida e que nos foram ensinados por pessoas que foram autoridades para nós.